domingo, 23 de novembro de 2008

Entrevista


Há dias saiu no jornal “Metro”, uma entrevista com o Fernando Alvim onde abordava o seu mais recente livro. O nome que intitula esta junção de crónicas e episódios, não tem nada de anormal se considerarmos que vem do famoso Alvim. Assim sendo, aqui vai o nome:
“50 Anos de Carreira”.
Desde que leio as reflexões do Alvim neste jornal às quintas-feiras, gosto cada vez mais dele. Simpatizo com a sua escrita, sem grandes rodeios, indo directo àquilo que lhe interessa.
Talvez ainda compre o seu livro, não para o ter na minha mesa-de-cabeceira, mas sim na mala onde possa ler, por exemplo, numa aula que, a meu ver, é pouco interessante, ficando assim mais bem disposta (quem sabe...)

Mesmo ao longo desta entrevista dei algumas gargalhadas com as respostas dadas ao jornalista:
Bruno Martins: “Uma coisa curiosa na sua escrita são as analogias. Por exemplo: “Os ciúmes são como o conflito israelo-árabe: existe, é muito aborrecido, mas não tem solução à vista.” São muitas comparações.
Alvim: “Sou considerado o campeão das analogias.”
(…)
Bruno Martins: “Regressando ao livro. Quais as expectativas para “50 anos de carreira”? Um livro de cabeceira para as senhoras terem a sua foto ao lado da cama, ou algo mais?”
Alvim: “Espero mais. Espero que os senhores também me possam ter na mesinha de cabeceira. E os filhos também. E os namorados dessas crianças também… queria ser uma espécie de Noddy dessas crianças e uma espécie de Papa João Paulo II desses pais…”

Querem saber mais? Estejam atentos ao jornal “Metro” às quintas-feiras. Não há o porquê de não o lerem visto que, surpreendentemente nos dias de hoje, este jornal é de borla!
(Não sei quem é o autor da foto)

sábado, 22 de novembro de 2008

O depois....


São 17h de uma tarde despida de nuvens onde o Sol mostra aquilo que vale.
Eu, em frente ao computador, a descansar desta longa semana composta por noitadas a trabalhar.
Semanas que desejo que acabem mas que, ao mesmo tempo sabem bem. Não porque adore o trabalho e que não prefira ir curtir com os amigos. Não!! São estes períodos aflitos que nos dão forças para mais tarde aliviarmos a nossa alma com uma bela ramboia, fazem sentido porque nos unimos ainda mais, porque sem elas não existem os stresses, não existe esta união, não existe esta entreajuda.

Gosto destes momentos de grande trabalho, momentos difíceis que sem eles, tudo o resto não faz qualquer sentido!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Continuando...

É uma da manhã e eu a ir para a cama.
Vou descansar para amanhã estar apta para mais um dia cheio de stress.
Não quero!!
Quero uma ideia de génio AGORA!
Hum... Vou tentar amanhã!!
Para além de partilhar a angústia que sinto, fica aqui os meus agradecimentos às pessoas que estiveram comigo este fim-de-semana (foi muito bom!), à viagem maravilhosa que fiz no Domingo (muito atribulada, mas engraçada), e também às pessoas que têm aturado este meu feitio complicado (são uns anjos)!!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Ai Projectos...


São estes momentos que nos deixam loucos, stressados e com mau humor. Momentos onde o tempo parece ser pouco para tantos pensamentos, tantas informações que, por sua vez, temos que juntar e transpor para uma proposta.
O tempo vai passando, as aulas vão passando e professores sempre à espera do nosso dedo no ar.
São estas conversas que são decisivas, que nos esclarecem e que nos encaminham para a proposta final.

Amanhã tenho uma dessas aulas!
Como está a minha situação?
Estou a andar lentamente. Na sexta-feira passada, tive a minha primeira proposta mas foi pouco sucedida, pois ao passar para o terreno existente, as cotas e as inclinações não eram as mais apropriadas. Tive que voltar a pegar nas minhas ideias e nalgumas coisas que estavam interessantes na proposta inicial e fazer outra tentativa.
No meio de tantas hipóteses possíveis, hei-de encontrar alguma que satisfaça as minhas necessidades!
Tenho que encontrar um equilíbrio perfeito entre a minha análise espacial, com o já existente e com aquilo que eu vou propor.
Não é fácil, é aliciante, mas já estou ansiosa por essa harmonia!
É já amanhã essa aula e eu ainda tenho muitos metros quadrados por solucionar.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008



Estou viciada!!
Desde sexta, enquanto trabalho para projectos, muitas músicas passam no meu Windows Media Player. Mas, há uma que marca quando toca.
Gosto de ouvi-la, gosto de senti-la, sabe bem parar tudo o que estou a fazer só para a escutar:

Por exemplo... Agora estou a ouvi-la...!! (=

sábado, 8 de novembro de 2008

Bolha


Amizades criadas, uma família…
Unimo-nos nos momentos mais banais, estamos juntos nos momentos de alegrias, apoiamo-nos nos momentos de maior tristeza. Sabemos o que se passa no íntimo de cada um e temos as mesmas vontades: Estarmos juntos e ver toda a gente bem!
Uma família que tem altos e baixos mas, como uma forte bolha que somos, moldamo-nos às mudanças sentidas voltando, aos poucos e poucos, à nossa forma de origem.
Vamos juntos para todo o lado e só assim as aventuras fazem sentido.
É bom, e sabe bastante bem, olhar para as pessoas que estão ao nosso lado, e sentir alívio, sentir que ali está um porto abrigo e que ali nada me faltará.
É essa a família que eu escolhi, que eu encontrei em Évora e que eu espero que dure uma eternidade!
Dizem que os amigos são a família que nós escolhemos, pois bem… eu já tenho a minha família escolhida…
BOLHA!!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Grande Jorge Palma

Um dos meus videos favoritos... Mistura de abraços, sorrisos, olhares, música, amizades, complicidades... Tudo o que é essencial para uma vida sã...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Visita de estudo a Tróia











Ontem fui até Tróia com a minha turma numa visita de estudo. O objectivo era observar e compreender o mais recente projecto de Arquitectura Paisagista desenvolvido pelo atelier EDRV.
Mal saímos do barco alface vimos muros de contenção de terras feitos de ferro de cor de ferrugem. Lindos!
Tivemos que apanhar um autocarro até chegar à zona desejada.
Era tudo ainda muito recente, as obras ainda existiam e o cheiro a novo ainda pairava no ar.
Juntamente com o nosso professor de matérias, lá andámos a percorrer o espaço e a vasculhar tudo aquilo que nos saltava à vista. As formas orgânicas das linhas e as modelações de terreno foram aquilo que mais predominou no projecto.
Sendo uma zona onde o usufruto será mais no Verão, todas as necessidades eram respondidas naquele projecto: as zonas de estadia e de recanto, de diversão, de desporto, de refresco… Tudo muito bem resolvido e organizado.
Todos nós adoramos aquela ideia.
No entanto houve muita coisa que nos saltou à vista em termos de imperfeições de execução, que foram o encaixe dos bancos no relvado, os tapetes de relva que estavam mal encaixados…
Outros aspectos que também verificamos foram os luxuosos materiais e os seus magníficos acabamentos.
Tudo ali era perfeito, tudo ali era caro. Cada passo que dávamos era ouro que pisávamos.
Não percebo o porquê daquela exigência toda e, principalmente, daqueles materiais caríssimos!
Começo a pensar que este país está a ser projectado para a vinda dos “bifes” no Verão, pois os portugueses estão cada vez mais pobres e, como tal, não têm capacidades económicas para viverem um dia que seja naquele lindo espaço.

Pensamento


"Aquele que ao longo do dia é activo como uma abelha, forte como um touro, trabalha que nem um cavalo e que ao fim da tarde se sente cansado que nem um cão, deveria consultar um veterinário, porque é bem possível… que seja burro."


(Foto de António Brito)

domingo, 2 de novembro de 2008

1 de Novembro

Ontem foi um dia bastante especial para todos nós.
Houve um protesto por parte dos alunos com vista a acabar com as proibições constantes do Reitor em relação às praxes da Universidade de Évora, a Sara assinou o livro dos Notáveis, os bichos foram capados, houve a sapatada e estes passaram a ser denominados por caloiros.
O primeiro acontecimento correu muito bem! Todos estávamos presentes ao meio dia em ponto, com capas postas em forma de protesto, nos Claustros da Universidade. Cartazes e faixas, transmitiam o nosso pensar, pois o silêncio era a palavra de ordem. Quase às 13h, professores e reitores saíram da sala principal dos Claustro prontos a pisarem as capas dos Notáveis, mas qual não é o seu espanto quando, em vez de capas no chão, têm centenas de costas viradas para eles. No decorrer da passagem desta gente toda, vimos professores nossos que fixaram a nossa cara, ou para nos dizer adeus, ou para xingar. Destes só lamento, pois aposto que nunca viveram as praxes de Évora, não sabem o que neste seio existe e provavelmente muita dor de cotovelo há naquele coração.
Mas, felizmente correu tudo bem e o Reitor ficou bastante indignado com aquele acontecimento. Objectivo cumprido!
Por volta das 15h, assistimos a mais um grande acontecimento. A Sara iria assinar o livro dos Notáveis. Foi uma cerimónia curta mas muito bonita numa das salas dos Claustros. Logo depois os bichos molharam o seu pé direito na fonte e começaram uma longa caminhada nas calçadas de Évora apenas com meias nesse pé.
Às 20h apercebi-me de uma coisa: faltava cerca de 4horas para os bichos deixarem de ser bichos!! OHHHH
Mas esse momento foi vivido ao máximo. Muitas dedicatórias foram trocadas, muitos copos foram deitados a baixo, muitos sorrisos confidentes, algum choro e muita convivência.
Gostava que voltasse a ser dia 15 de Setembro para que este tempo todo voltasse a repetir. O conhecer, a aprendizagem, os laços que se vão criando, tudo isto é magico, tudo isto merece ser vivido mais que uma vez.
Por fim chegou a sapatada. Um momento de apanhar com os sapatos de mil e tão caloiros. Capas a proteger a cabeça e lá fomos nós para o meio da batalha para descobrir onde andavam os sapatos dos bichos.
Houve muitos que não os encontraram, ou seja, vai haver muitos caloiros a acabarem alguns anos mais tarde o seu curso. Espero que o tempo gasto seja bem aproveitado noutras coisas igualmente interessantes!

Agora que já não são bichos, vão sentir muitas saudades desta constante convivência e só espero que nos jantares que fizerem, não se esqueçam de convidar os vossos senhores estudantes!! d=
Boa Sorte e que nós estejamos sempre juntos nos bons e maus momentos!
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