sábado, 28 de fevereiro de 2009

Uma letra especial

... de família

... de B

... de momentos

... de bolha

... de sorrisos

... de começo

... de borgas

... de desilusão

... de cumplicidade

... de amizade

Uma letra que transborda significados

Que ergue a minha atenção

Que cresce na minha vida.

B

(Foto da minha Só)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009


Hoje quero conhecer o mundo: Quero conhecer cada cantinho seu, quero perceber o seu movimento, quero saber o que o faz mover.
Levanto-me e saiu... Vou deambulando pelas ruas. Olho para o céu e vejo os pássaros que me perseguem, olho no chão os pequenos animais que numa linha perfeita traçam a sua vida, olho para um dos lados e sou cercada pelas montanhas, olho para o outro e sou paralisada com os monstruosos prédios.
O mar ao longe completa-me.
Oiço atentamente o som que ai se sente.
Imagens se contrastam e isso atira-me para um canto. Um canto onde possa entender o mundo de fora.
Quero perceber porque é que o mundo gira neste sentido.
Quero perceber porque é que o mundo tem esta figura.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Um casal


Uma carícia
Um olhar
Um sorriso
Momentos únicos que nos enchem a alma e o corpo, aceleram no tempo. Momentos contados arrancam sem sinal de partida e nos sufocam.
Uma partilha de prazer pura e ingénua que nos alimenta.
Um espaço que nos testemunha, pessoas que não nos conhecem e é ali que somos felizes.
Bastas tu!
Movimentos são traçados, rápidos olhares nos cortam e assim, descansamos do alvo.

Assim se constrói um momento perfeito!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Uma nova partida


Hoje estou de partida!
Coloco no meu cantinho as lembranças da última viagem e começo a juntar numa mala o necessário para iniciar outra aventura. Olho-a já completa e, estou pronta a seguir caminho.
Deixo temporariamente as minhas coisas e levo no peito os meus amigos. Vou em família, traçar caminhos e desvendar rumos.
Parto com curiosidade de encontrar realidades, lugares e culturas diferentes da minha.
Um papel para registar sensações e uma máquina para recordar imagens é tudo o que me basta para arrancar.

Até ao meu regresso!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Rua Diogo Cão


Passou o tempo e eu ainda aqui estou numa das ruas mais bonitas de Évora.
Estreita, comprida e muito convidativa.
Nela existe uma residencial com o seu café acolhedor onde a sua esplanada atrai os jovens para tomar um copo, uma residência universitária que transfere uma ambiência bastante feminista, um pólo da câmara, um infantário onde de manhã a caminho das aulas, vejo diversas famílias a levarem os seus rebentos para a sua escolinha e um bar que tem como nome, o nome da universidade.
É nesta rua que vivo.
Uma rua perigosa para as pessoas que não a conhecem, uma rua propícia a receber diversas culturas e, principalmente, uma rua para estudantes.
Os dias que por ela passam desvendam as noites passadas.
Gritos, muitos copos, idas até aos bares, são realidades que todos os dias passam naquele espaço.
Gosto de viver nesta rua, gosto de sentir o movimento que por ela passa e dela é característico, gosto de a habitar simplesmente para a ver.
Rua Diogo Cão, um navegador da era dos descobrimentos.
É a base da minha rua,
Uma rua de histórias, uma rua de descobertas, uma rua sempre pronta a ser vivida!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ler e acrescentar...

Durante estes dias vai andar a passar na minha turma duas perguntas.
Hoje passa pela minha turma, amanhã pela Universidade, depois pelo mundo.
Deixo-as para quem quiser acrescentar.

O que te faz feliz?
Um café quentinho
O cheiro da castanha assada
Uma cama quentinha
Um bom vinho
O sorriso de um desconhecido
Rever um álbum de fotografias antigo
Decorar o quarto
As crianças
Ir às compras
Passear pela praia
Um ramo de flores
Um casal de namorados
Andar à chuva
Cantar no banho
Pantufas
Sentir o vento
Sardinha assada
Uma casa cheia
Brincar na neve
Ouvir música em altos berros
Passear o cão
Uma sala com lareira
Espreguiçar
Ver as frases do Danone
Espremer pontos negros
Cantar alto no carro
Passear
Um cachecol
Dançar
Lençóis coloridos
Montanha Russa
Bolo de chocolate
Gomas
Dormir até tarde
Pão quentinho com manteiga
Encontrar dinheiro
Gritar
Surpresas
Gelados
Cheiro à terra molhada
Não fazer nada
O crepúsculo
Ouvir reggae
Que fosse Verão o ano inteiro para poder andar de chinelos e calções
Cozinhar
Rir
A simplicidade de ver o mundo e as coisas
Estar com os amigos
Fazer xixi quando estou muito aflito
Andar de pijama


O que é que não te faz feliz?
Sentir-me apertado
Panelas de pressão
Engarrafamentos
Frigideiras
Acabar o gás durante o duche
Passarem-me à frente da fila do supermercado
Mandar comida fora
Tempo (que nunca pára)
Telejornal
Dormir pouco
Nós de auto-estrada
Pés frios
Esperar
A burocracia da biblioteca da universidade
Dinheiro
Apresentações de projecto
Não haver fruta portuguesa nos supermercados
Não ter férias
Gritos
Estudar
Perder dinheiro
Bater com o carro
Cão abandonado
As empregadas do bar da universidade
Não ter dinheiro na conta
Acordar de ressaca

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Para ti!

"Hoy yo te encontré en una casa vieja
Tu ya te marchabas a otro lugar
No llevabas nada más que el mundo entero
Y todos los otros que vas a encontrar

Es como una história que viaja en ti
Es como un camino que se pierde
A veces despertar en una casa
Sin conocer
Ni sombras ni paredes

Y empezar de nuevo otro camino
Con eso que nadie nos puede robar
Eso que renace en el destino
Y que casi nunca sabemos nombrar

Es como una historia que viaja en ti
Los sueños que llenan cada hueco
Querer despertar en una casa
Donde se conocen todos los secretos

Hoy yo te encontré al final del dia
Respirando cielo y horizonte
Esperabas ver la primera estrella
Para decidir cual es su nombre

Y seguir la historia que viaja en ti
Los sueños que te guían cada paso
A veces despertar en una casa
Es como despertar en un abrazo"

Lembras-te?
Recordas esta música da mesma forma que eu?
Lembro-me como se fosse hoje...

Não me vou afastar
Gostava que caminhasses comigo
Longe, perto
Gostava de sentir sempre o teu cheiro.

Saber sempre de ti
Ver o teu sorriso cada vez que estou perto
Escrever-te cada vez que estou longe
Viver-te

Voltar a ter aqueles momentos
Sem ninguém
Só eu, tu, o copo, o cigarro, a música.
Aceitas?

(Música de Mafalda Veiga)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Vai começar


Um dia de sol dá-nos as boas vindas.
Abraços e beijos são trocados entre amigos. Todos querem saber de ti e tu queres saber de todos.
Planos são feitos, outros adiados. Tudo dá sinal que começou.
Começou as aulas
Começou os encontros no bar
Começou a tareia dos professores
Começou o trabalho
Começou o stress
Começou as jantaradas.
Hoje entramos em paranóia para conciliar o trabalho com as constantes saídas, amanhã tentamos aguentar somente o stress do trabalho. Ouve-se os professores com as suas ideias onde nos encontram, mas quando estamos sós perdemo-nos de novo.
Hoje vou tentar encontrar as minhas coordenadas, talvez assim descubra o rumo certo que me leve em direcção ao topo daquela montanha que tanto quero alcançar.
(Foto de CrankO)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Uma viagem recheada de sentidos

Num tempo escuro, um carro circula não a muita velocidade. Três pessoas seguem um rumo. Pouco falavam até começarem a jogar ao jogo das palavras, mas como viram que o condutor estava muito lento no seu raciocínio, cedo deixaram o divertimento para passar ao próximo passo da viagem: dormir.
A meio do percurso um dos viajantes teve uma vontade súbita de gritar: "PÁRA!". Não porque algo se atravessava no caminho, não porque ficou espantado ao ver algo estranho na paisagem próxima. Pretendia dize-lo porque queria ficar ali, queria prolongar a estadia na realidade que o acolhera nos últimos tempos.
Obrigações o proibiram de manifestar qualquer palavra.
Uma escolha inicial que tem as constantes partidas como consequência.

Uma outra realidade que agora se demonstra, uma realidade bastante diferente que só precisa de tempo para se encaixar ao viajante.

(Foto de FilipeR79)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Estou pronta!



Hoje uma grande amiga minha ligou-me. Desde o início do mês que não sabia nada dela.
Ui, como o tempo passa!
Tudo em mim tremia da saudade que tinha de lhe ouvir a voz.
As palavras atropelavam-se umas às outras na ansia de lhe falar.
Saber como ela está, saber das mais recentes novidades, saber dos amores e desamores, saber se ela já fez alguma coisa para projectos... Enfim... Tudo isto fez parte da nossa conversa.
Aprofundamos os temas o necessário já que amanhã nos vamos ver.
Vamos jantar em casa de outra grande amiga.
Sabes o que vou gravar para começar bem o jantar?
Uma pista:
"Oooo
This song is not for you lovers
Woo-oo-oo
Don't stop push it now
And i will give it all to you
Don't just stop now
And try to give it all up"
Só de escrever a letra já me está a dar vontade de saltar e gritar.
Aqui te espero...
*

(Foto de MiraD)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

...


Toco uma música que me faz sentido. Recordo histórias que me fazem esboçar um sorriso de saudade e de alegria. Não quero perder a recordação no tempo porque se isso acontecer a música também se vai.
Faço parte desses acordes...

Toco porque os quero sentir
Toco para recordar
Toco para ninguém ouvir

Um toque suave
Um toque que me acalma e me transporta para o presente.

A música acabou e tudo acalmou à minha volta
Dentro de mim, um turbilhão urge

Um turbilhão de ideias, de factos, de realidades.
Não o vou ignorar

“ (…) Sê todo em cada nada. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lado a lua toda
Brilha, porque alta vive.”
(Foto de Libererxlxesclave)
(Poema de Ricardo Reis)

Amanhã volto a tentar...


Vou esperar... Hoje não é um bom dia...
Vou esperar para embarcar no mundo das ideias
Ideias essas, que resolvem o meu problema.

(Imagem de Ayumiruki)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Santa Consolação!


De regresso ao lar, olho a desarrumação que caracteriza o meu quarto: um cantinho meu.
Cheguei à minha vida!! Voltei à realidade!
Depois de dias fora, num outro mundo onde tudo é diferente, onde tudo é vivido ao sabor das ondas, ao ritmo do barulho do mar, voltei à agitação da cidade.
Espanto-me com atitudes: cresço. Acolho sentimentos e agradeço com um sorriso, com um olhar, com um abraço.
Tudo é partilhado, a emoção é sentida da mesma forma, queremos sempre uma grande e inesquecível noite.
Chove lá fora, que horas são? Vamos avançar.
O meu último dia chegou! Um grande jantar se prepara para encher uma casa. Ideias são trocadas, os ânimos aquecem e o ambiente contrasta com frio que se sente lá fora. Um gato observa os nossos movimentos esperando uma atenção.
"Não quero miminhos, dêem-me comida!" Fingimos que não percebemos as suas intenções e o tempo passa.
Lá fora já aqueceu e aproveitamos para visitar outra casa.
O pessoal chegou e com ele vem a animação. Jogos se fazem, músicas se aprendem e corpos dançam ao ritmo da batida. Abraços de afectos são dados por pessoas que sentem conhecer-se há muito tempo, brincadeiras dão uso à mobília do bar e brindes se bebem.

Momentos que não irei esquecer, a repetir, graças a vocês!



(Foto de Ana Sara Cordeiro)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Assim te encontro


Não sei o que se passa aí dentro.
No fundo até percebo e acolho.

Enfrento uma barreira que atrás de si se encontra uma história, um passado que eu quero descobrir, entender e sorrir-lhe.
O mistério surge e a curiosidade percorre-me nas veias.


Inicialmente é isso, querer conhecer esses sorrisos, esses olhares, esse modo de agir. Neste momento não consigo invadir mas com o passar do tempo vou conquistando.
Consegui!
Está escuro!
Acendo um isqueiro que tinha perdido no bolso de umas calças que só ali as usei. Algo de novo se abre em frente aos meus olhos e que me faz mover em todas as direcções querendo conhecer cada cantinho deste espaço tão intimista, tão acolhedor, tão teu.


O que era estranho, agora é-me familiar.
As idas conjuntas, as vidas partilhadas, o estar perto faz-me sentir bem, faz-me sentir que estou no meio dessa história, que faço parte deste presente emotivo e de um grande futuro.


(Foto de Só)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

...

Esta música é pensando no meu afilhado!

* Saudades!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Um outro mundo


Uma brisa abraça o corpo que observa o infinito. Afixa-se a ver as dunas a movimentarem-se, o mar quieto e os pequenos grãos de areia a dançarem ao sabor do vento. Nisto conta uma história na sua cabeça.
Um horizonte interminável leva-o para bem longe. Imagina como este lugar se sente. Olha o mar com as suas ondas e vê um mistério.

"Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços."

Voltando à superfície olha a indústria que se encontra à sua frente. Olha para trás e quer voltar. Não quer a vida que o acolheu. Quer voltar ao mundo feliz, de uma inteligência rara, pura e amiga que o faz sentir ignorante e patético. É um ser humano rodeado de animais.Não pode voltar aquele mundo azul pois algo o espera no mundo cinzento.
A responsabilidade, as intrigas, os olhares, o trabalho, a realidade fria que o envolve.
A família, a amizade, a felicidade, as aventuras, os prazeres, os afectos, foi uma
realidade que encontrou no mundo que quer pertencer.


(Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen)

O que uma conversa faz



Agora no meu quarto relembro as palavras proferidas ontem.
Numa sala onde as luzes salientavam o escuro do espaço, tu lá me apresentavas por alto alguns membros habituais daquele lugar. Simpático mas, não sendo uma pessoa que frequenta este sítio, era-me estranho. Gostei.
Um ponto de exclamação começa a nossa conversa. Apercebemo-nos que as nossas vidas não são assim tão desiguais.
Palavras ditas soltam um brilho nos olhos que me arrepiam.
Acabou a curiosidade.
Contas aquilo que queres que eu saiba. Não te peço mais.
Em cada palavra que ali era dita a vontade de te dar um abraço era cada vez maior. Por momentos senti que, se isso acontecesse as lágrimas iriam cair sobre as nossas caras.

Falemos de música, um tema que anima cada dia e que nos faz esquecer a realidade que abafa a nossa vida.




segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Uma ferramenta


Como deles necessitamos...
Traçam linhas e pensamentos.
Ideias que depressa vêm como desaparecem com um simples apagão.
Grossos, finos mascam a importância do sentido do fio preto.
Uma história contam.
Ingénuos, não sabem o que escrevem.
Diversas formas, diversas cores, diversos revestimentos.
Um afecto a aumentar à medida que desaparecem.
Hoje utilizo-os mais que ontem, nos trabalhos, nas aulas, no dia-a-dia.
A nós, aos nossos trabalhos em família...
(Foto de Só)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

A bela sociedade de hoje?


Fala-se que a família e os amigos são as coisas mais importantes que temos na vida. Não retiro a razão a quem proferiu esta frase pela primeira vez.
Quem não se sente realizado com um sorriso de um amigo, um olhar carinhoso de um familiar, ver a nossa família a aumentar, ouvir um "conta comigo" ou um "gosto tanto de ti"…? Tudo isto nos dá energia para caminhar até à velhice.
Uma velhice cheia de frutos plantados ao longo da vida, não quer dizer que tudo seja um mar de rosas.
Todos nós erramos, aprendemos, arrependemo-nos e é isso que nos faz crescer como pessoas.
Por muito que cada indivíduo cresça e aprenda, os princípios que adquirimos quando novos acompanham-nos sempre.
Num mundo onde tudo aparentemente é perfeito, onde tudo se rege por um cânone de vida, esconde desgostos, esconde o desrespeito, esconde a vergonha.
Uma das coisas que me foi incutida ainda nova foi o respeito pelos outros. Baseando-me nesta regra tão simples, sinceramente não percebo a mentalidade da sociedade de hoje em dia, desta sociedade que se criou.
Como é possível que grande percentagem de violência doméstica venha da própria família?
Aquela que nos viu crescer, aquela que educamos com todo o amor, e que hoje é aquela que mais nos faz sofrer. Não falo apenas da violência física porque pior que essa, é sempre a dor psicológica.
Como é possível que este monstruoso desrespeito haja no seio de um lar? Famílias aparentemente belas e sorridentes mas que escondem um verdadeiro inferno.
Não quer esta sociedade a encenar constantemente para os outros para simplesmente parecer bem.
Não quero!