segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Há coisas que não se entendem

Este ano comecei a ir à praia no início do mês de Julho.
Apesar de não ter muito tempo nunca coloquei a hipótese de ir para a praia de Carcavelos. Sinceramente não sei porque é que implico, não sei se é por estar perto da via, se é por ser de fácil acesso, se é por causa do mar ou da areia.
Se tiver que optar prefiro atravessar a ponte. E assim fiz todos as vezes!
Segui rumo à Costa da Caparica em busca de um sítio calmo.
Encontrei junto à praia de S. João. Um lugar onde fica perto mas ao mesmo tempo longe o suficiente. Longe das grandes multidões, longe das acessos, longe do aglomerado.
Gostei da praia. Levei para lá a minha mãe e ela ficou encantada.
Praia muito simpática que tem um senão: o seu acesso!
Sinceramente há coisas que não entendo: uma praia que chama pessoas devido às suas condições, que se localiza mesmo ao lado da atractiva Costa da Caparica e estando nós em pleno Verão, como é permitido uma situação destas?


Escrevo esta dúvida agora porque, hoje, dia 30 de Agosto, depois de ter passado dois meses deste a primeira vez e esta situação vergonhosa mantem-se!
Como esta situação é permitida?
Com tantos alertas, tantos avisos, tantas preocupações em relação à protecção das dunas (o que eu concordo plenamente), como é permitido uma situação destas?
Não entendo!

Nostalgia


Circula o pensamento inevitável
Sentimento de insegurança, de insatisfação ou talvez apenas confuso.
Abstraiu-me daquilo que não quero pensar
Fecho-me para não olhar, para me proteger.
Encaminho o pensamento para algo que me conforte e me seduza naquilo que a vida me deu, naquilo que a vida me dá não pensando no futuro, pois ao pensar no futuro, o pensamento pode desvanecer.

sábado, 28 de agosto de 2010

Provavelmente os últimos dias de praia






Será que no resto do país esteve um tempo tão bom como na Comporta?
Será que esteve um mar tão bom?
Será que houve fins de tarde tão mágicos quanto o último que vivi?
Não sei...
O que sei é que vou ter saudades da paisagem que me rodeou estes dias, da calma da natureza e da fragrância do som que senti em momentos junto ao mar.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Cidade


Cidade, rumor e vaivém sem paz nas ruas,
Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,
Saber que existe o mar e as praias nuas,
Montanhas sem nome e planícies mais vastas
Que o mais vasto desejo,
E eu estou em ti fechada e apenas vejo
Os muros e as paredes,e não vejo
Nem o crescer do mar, nem o mudar das luas.

Saber que tomas em ti a minha vida
E que arrastas pela sombra das paredes
A minha alma que fora prometida
Às ondas brancas e às florestas verdes.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Amanhã vou sair da cidade e irei ter com o mar!

domingo, 22 de agosto de 2010

Fim-de-semana para lembrar


Mais um fim-de-semana que passou!
Pisei a calçada de Évora, vivi as noites de Setúbal e regressei a casa.
Passagens na vida que me fizeram crescer, ter consciência de que em cada passo dado há sempre algo a retirar, uma lição ou até uma descoberta.
Passagens na vida onde (re)vivi os amigos e despedi-me de outros com um "até já". Que vão mas voltam. Voltam com mais experiências para contar e que, por mais longe que o avião os leve, temos que nos servir das tecnologias para matar saudades e também para tentar diminuir os km's que nos separam.
Boa Sorte e... até já!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Águas agitadas



Jan Thomas é um ex-presidiário que tenta refazer a sua vida como organista na igreja de Oslo. Organista dotado, talentoso e de boas maneira, conquista os seus superiores e o coração de Anna, a Pastora, e o do seu filho Jens.
Querendo ultrapassar o erro do passado, este volta a cruzar-se na sua vida por Agnes.
Uma história imperdível, um alerta para os pais de hoje e uma lição de vida, pois erros todos cometemos, pagamos de mil maneiras o nosso erro mas perdoar, perdoar é algo que poucos conseguem, dar uma segunda oportunidade é algo muito bonito quando não nos bate à porta!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A festa de 2010







Foi à última hora que decidi ir à festa da minha terra - Toulões!
Fui no sábado de manhã e cheguei ainda a missa não tinha começado.
A festa, para mim, só chegou à noite com a entrada dos artistas para animar os populares que por ali foram estando em busca de convívio e animação.
No dia seguinte teve que ser mais tranquilo. O dia foi passado em torneios de diversos jogos tradicionais.
No final houve um tempinho até para dar um porquinho que, se calhasse a mim, fazia dele animal de estimação.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Um ponto de vista


Hoje em dia ouve-se muito a faixa masculina dizer "não querem vocês mulheres terem os mesmos direitos que os homens?". No meu ponto de vista a frase "Uma mulher que luta pela igualdade tem pouca ambição" responde àquele comentário em forma de pergunta. O acesso ao emprego e à formação profissional, as condições de trabalho e o direito ao voto são aspectos que partem de um direito de cidadania pois hoje mais que nunca o Homem vive dentro de uma sociedade, dentro de regras que tanto devem ser compridas como participadas por ambos os sexos. Agora, porquê encher a boca a dizer que as mulheres são iguais aos homens? Porquê achar que nós mulheres temos que ser iguais a eles homens?
Diz-se que é de natureza feminina serem sensíveis, emotivas, carinhosas, preocupadas com a pátria, intuitivas, doces, meigas, sedutoras, espertas, levianas, fracas, tentadoras dos homens, rivais, deusas, fadas do lar, vaidosas, perspicazes, coscuvilheiras, fatais, sentimentais, belas, feias, velhas e perversas. Enquanto que a natureza masculina é serem cerebrais, duros, resistentes, agressivos, violentos, corajosos, fortes, líderes, passíveis, amigos, tentados ao pecado pelas mulheres, competitivos, calmos, criativos e lógicos.
Há comparação?
Cada um é como cada qual e penso que é de pouca ambição lutar contra isso!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Uma passagem pelo livro que li


Já há algum tempo que ando para ler o livro do Pacman, "Um outro amor: diário de uma vida singular" oferecido pela minha amiga Sandra, já que eu sou grande fã das suas letras e das suas palavras sem papas na língua.
Estava expectante baseando-me naquilo que conhecia das letras e das abordagens que faz em diversos assuntos da actualidade.
Na minha opinião, é um livro que se lê bem, tem dentro de si pequenos textos, com uma linguagem própria e com uma visão particular.
Para mim é UM livro, não O livro.
Hoje terminei-o e gostaria de partilhar um texto que mais me impressionou:

(A educação de) Rita
As primeiras memórias que tenho da Rita remontam ao secundário. Na altura sobressaía de entre os alunos por ser das poucas pessoas que não iam atrás dos vários rebanhos que pastavam pela escola: não era beta, punk ou heavy, não era "vanguarda" (bem, talvez um pouco): era a Rita. Bonita. Muito. Inacessível. Eu era quatro anos mais novo: no secundário, significavam décadas. Algum tempo mais tarde, porém, viria a encontrá-la na noite do Bairro Alto. Ela riu-se e achou piada ao puto que entretanto crescera. Falámos, dançámos. E falámos de novo. Até chegar àquele momento inevitável em que parámos. De falar, de pensar. E surgiu o beijo. O primeiro entre muitos. Namorámos cerca de quatro anos. Aprendi a ler doutra forma, a ver cinema de outra forma. Aprendi a gostar de uma pessoa a sério, também. Mais tarde, percebi que, como se se pode apaixonar, também se pode perder essa paixão. Acabámos por ficar amigos, mas, com o passar do tempo, seguimos por caminhos diferentes e fomos deixando o nosso contacto resumir-se a um telefonema rápido ou um sms em Natais e aniversários. Porque não havia tempo, por isto e por aquilo. Por merdices.
Há dois dias atrás recebi um telefonema que me deixou destroçado. A Rita morrera na véspera. Foi-lhe diagnosticado um cancro que se revelou em fase terminal, e, segundo me foi dito, fez questão que ninguém, para além da família, soubesse. Orgulho ou altruísmo corajoso, um deles ou os dois ao mesmo tempo, só ela o saberia dizer. E despedi-me da Rita com um beijo no velório e em pensamento no funeral. Gostava de o poder ter feito doutra forma, noutra altura e noutro lugar. Dizer-lhe que foi e continuará a ser uma das pessoas mais importantes da minha vida, apesar do nosso afastamento, que agora dói. Muito. Agora, digo-te que me deixaste uma última lição que pensava saber de cor, até vê-la aplicada, de facto.

Sudoeste 2010




Dizia que não, dizia que não ia, o que é certo é que acabei por ir.
A dormir em Odeceixe, a comer comidinha da mamã e a ver espectáculos no festival, o que é certo é que estes dias passaram a correr.
Os concertos, na minha opinião, não foram grandes que nos fizessem abrir a boca de tamanho acontecimento, mas no geral gostei do festival, das pessoas que por ali andavam, dos cafés e das aventuras que o próprio festival nos obriga a fazê-las.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Citação do Arquitecto Oscar Niemeyer



Não é ângulo recto que me atrai
Nem a linha recta, dura e inflexível
Criada pelo homem
O que me atrai
É a curva livre e sensual
A curva que encontro no curso sinuoso dos nossos rios
É as nuvens do céu
O corpo da mulher preferida
De curvas é feito todo o universo...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Finalmente a tirar um curso de Autocad


Ontem tive a minha primeira aula do curso de AutoCad Avançado. A primeira de dez aulas que vêm pela frente.
Gostei!
Logo na primeira aula comecei a aprender coisas novas, a relembrar outras e a aplicar o que aqui se falou. A professora é muito simpática, inspira confiança e é muito prestável. Quanto à turma, é pequena e tudo malta jovem.
Que venha a próxima aula que eu estou pronta!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Verniz vermelho


Hoje não vou cozinhar
Não vou lavar a loiça
Não vou fazer esforços.

Hoje apetece-me pintar as unhas
Apetece-me contrastar
Apetece-me pintar de vermelho.

Hoje quero estar diferente
Quero experimentar
Quero ver até quando isto vai durar!