sábado, 30 de agosto de 2014

Solteira

"E a namorada?" Alguém vai-me perguntar. Aí vou sorrir e responder: "Estou solteiro!". E logo depois vem aquela cara de : "nossa, coitadinho", quando ao meu ver era a hora certa da pessoa me abraçar e pularmos gritando "Parabéns Campeão!" Sabe, realmente não entendo essas pessoas que colocam o facto de encontrar uma pessoa como sendo um dos objectivos primordiais da vida. Como se a ordem natural fosse: nascer, crescer, conhecer alguém e morrer. A meu ver, não é assim. As pessoas se dizem solteiras como quem diz que está com uma doença grave, alguém que precise de ajuda. Não é nada disso. Existe sim vida na "solteridão"! E das boas. E isso não quer dizer farra, putaria, poligamia ou promiscuidade. Aliás, quer dizer sim, mas só quando você tiver afim. No mais quer dizer liberdade, paz de espírito, intensidade. E olha que escrevo isso com algum conhecimento de causa, já que tenho vários anos de namoro no currículo. De verdade, do fundo do coração, eu estou muito bem solteiro. Acho até que melhor que antes. Gosto de acordar pela manhã sem saber como vai terminar meu dia. Gosto da sensação do inesperado, da falta de rotina e de não ter que dar satisfação. Gosto de poder dizer sim quando meu amigo me liga na Quinta-feira perguntando se quero viajar com ele na manhã seguinte. De chegar em casa com o Sol nascendo. De não chegar em casa às vezes. De conhecer gente nova todos os dias. De não ter que fazer nada por obrigação. De viver sem angústia, sem ciúme, sem desconfiança. De viver. Acredito que todo mundo precisa passar por essa fase na vida. Intensamente inclusive. Sabe, entendo que talvez essa não seja a sua praia. Ou talvez você nunca vá saber se é. Eu mesmo não sabia que era a minha, e veja só você, hoje sou surfista profissional. O que percebo são pessoas abraçando seus relacionamentos como quem segura uma bóia em um naufrágio. Como se aquela fosse sua última chance de sobrevivência. Eu não quero uma vida assim. Nessa hora talvez você queira me perguntar: "Mas e aí? Vai ficar solteirão para sempre? Vai ser assim até quando?" E eu vou te responder com a maior naturalidade do mundo: "Vai ser assim até quando eu quiser". Quando encontrar alguém que seja maior que tudo isso, ou talvez alguém que consiga me acompanhar. (...) A verdade é que só você mesmo pode preencher o seu vazio, e colocar essa missão nas mãos de outra pessoa e pedir para ser feliz. Conheço sim vários casais incríveis, assim como tantos outros que não enxergam que estão se matando pouco a pouco. Só peço que não deixem que o medo da solidão faça com que a tristeza pareça algo suportável. Viver sozinho no início pode parecer desesperador, mas de tanto nadar contra a maré, um dia você aprende a surfar. E te digo que quando esse dia chegar, você nunca mais vai se contentar em ficar na areia. Desse dia em diante só vai servir ter alguém ao seu lado se este estiver disposto a entrar na água com você.

Texto retirado daqui.

Quando li este texto, senti que me poderia encaixar em diversos frases que o seu autor escreveu, concordei com uns pontos, discordei de outros e tomei conhecimento de outras perspectivas de encarar a vida de solteiro.
No meu ponto de vista, penso que a vida é sempre mais rica quando se tem alguém do qual gostamos ao nosso lado. O facto de podermos ter a nosso lado uma pessoa que nos compreende, conhece, acompanha-nos para as aventuras e desventuras, é algo mais feliz, acolhedor, gratificante e mais simples do que não ter esse alguém. Nesse caso acabarmos por nos aventurar sozinhos.
Por outro lado, reconheço que aquilo que vivi, conheci, me aventurei e no qual ainda vivo e continuarei a viver (pelo menos a curto prazo), não o poderia fazer se tivesse com uma pessoa, porque se a tivesse, de uma forma instintiva, acabaria por me prender, agarrar a um lugar e a uma forma de olhar a vida. 
Neste momento estou com um modo de vida muito limitada, estou bastante presa ao meu local de trabalho. Não me impede de ter alguém mas cria barreiras, inevitavelmente, o que de certa forma afecta-me porque sou nova e numa bela idade para viajar, divertir-me como se não houvesse amanhã e começar a ser independente. Neste momento, não me arrisco a pensa muito nisso porque neste momento estou presa aos meus 21m2 de loja.
Gostei deste texto porque mostrou-me que realmente andar à procura e andar preocupada em encontrar alguém não deve, e não pode ser, uma prioridade na nossa vida. Há coisas que faço, os programas que realizo e as decisões que tomo, muitas delas, são de todo incompatíveis com a existência de um namorado a meu lado.
Por isso, concordo com o autor do texto. porque sabe bem as decisões tomadas sem ter que dar justificações, sem ter que pensar no outro e de agir em conformidade com o que me apetece fazer no momento, seguindo obviamente os meus princípios. 

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Um final de tarde

Que bom é um fim de tarde ardente
Que queima sem doer
Que transmite um começo com um fim
Que emana nostalgia
Que ataca e contra-ataca.

Um fim de tarde que é eterno
Que queremos que seja para sempre
Que aparece e desaparece
E que mesmo aparecendo é sempre diferente. 

Volta fim de tarde de calor
De cheiros e sabores
A companhia ideal
Para um momento que não se esquece.


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Pensamento do dia

Com este calor, com a máquina do café a bombar ar quente, com outras máquinas a trabalhar e o ar condicionado que deixou de funcionar!
Quem disse que ter um negócio era fácil?

Tudo fica bem quando acaba bem

Ontem foi dia de conhecer uma nova praia. Para aproveitar o calor que nalguns dias tem feito, principalmente ao Domingo, fui conhecer a praia do Magoito. 
Já tinha ouvido falar muito bem dessa praia, nomeadamente das Bolas de Berlim que o café desta praia tem.
Com estas novidades boas, no passado Domingo fui até lá.
Mal cheguei deparei-me com um céu coberto, frio e sem grandes perspectivas de apanhar um bom dia de praia. Com o passar do tempo, o céu começou a abrir, o calor começou a apertar e até tive direito a um belo mergulho com uma grande queda tive direito!
Quanto às Bolas de Berlim... São uma coisa de outro mundo!



sexta-feira, 22 de agosto de 2014

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Um momento nas férias

Quem se lembra do Mikado? Aquele jogo que se largam vários pauzinhos em cima de uma mesa tendo como objectivo retirar o maior número de pauzinhos sem mexer os outros.
Durante as minhas férias, naquele café particular em Odeceixe, tinham esse jogo, e eu tive o prazer de o jogar. Para registar esse momento resolvi captá-lo com um filme. O jogo, o ambiente, a música, o cheiro, a companhia, tudo isto fizeram parte das minhas férias e da alegria vivida. 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Férias, as merecidas férias

Depois de uma semana e meia de férias, estou de volta ao trabalho.

A sensação de estar prestes a ir foi maravilhosa. Os clientes desejavam-me boas férias, perguntavam-me onde eles iriam beber café nestes dias, mas no fundo senti apoio por parte deles.
Em contrapartida, e porque não há bela sem senão, a máquina de café decidiu avariar-se e claro, o último dia de trabalho foi um caos. Muito stress, muitas tentativas por saber respostas que teimavam em não aparecer. Felizmente no dia seguinte, a meio da minha viagem para o Sul, soube que o assunto tinha ficado resolvido.

Primeira paragem, Odeceixe. Apanhei mesmo a altura do festival Meo Sudoeste. Recordei momentos vividos nesse festival, o movimento que este evento gera na região e ainda deu para ser mandada parar pela polícia (com direito a assoprar o balão e tudo) numa das várias operações stop.


Entre cafés, passeios e bons descansos, deu para conhecer um espaço muito curioso. Um café pequeno, decorado com elementos que mais vemos e temos em nossas casas do que em cafés, onde podemos beber um café, um chá, um copo de vinho e comer umas tapas.
Na última noite em Odeceixe,ainda tive direito a ir à nova pizzaria da localidade. Um local que só está aberta durante o Verão e na qual os seus produtos são recomendáveis. 


Segunda paragem, Oleiros. Na primeira noite foi a noite do fogo de artifício, o famoso espectáculo de pirotecnia de Oleiros. Adorei. Um momento que conjugou na perfeição a música, o som dos foguetes, as suas luzes e diversos ritmos. Nesta noite, para além desse momento, tivemos direito ao entretenimento, bom humor, e de muita música proporcionado por David Antunes e sua banda.
Na segunda noite, foi a vez dos Azeitonas brilharem. Foi por eles que mudei os planos das minhas férias. Contudo, o seu espectáculo não superou as minhas expectativas, aliás, fiquei até um pouco decepcionada. Muitos momentos instrumentais fizeram com que o ritmo do concerto quebrasse várias vezes. 
O bom disto tudo foi que teu para que o cantor Miguel Araújo assinasse o meu CD dele.


Ainda em Oleiros, durante o dia, deu para relaxar na Praia Fluvial e na piscina flutuante de Alvaro. Relativamente à Piscina Fluvial de Oleiros recomendo vivamente. É um espaço muito bonito no qual é possível passar-se o dia inteiro, pois neste sítio podemos fazer pic-nic, jogar voleibol, tem um café muito simpático e há muita sombra para dormir um bom bocado.

Por fim, a terceira e última paragem foi na desejada cidade de Castelo Branco. Aí deu para reviver espaços e pessoas, recordar momentos e apreciar as várias vistas dentro e fora da cidade. Revivi as piscinas municipais (local onde o ano passado, ia quase todos os Domingos), com o seu cheiro, ambiente e até as pessoas com o seu mau hábito de nos tirar a sombra conquistada desde cedo (talvez por sermos duas meninas com ar inocente). 


No final destes dias, já sentia falta de regressar ao trabalho. Isto de trabalhar por conta própria tem a desvantagem de ninguém nos paga as férias. Estando de descanso, não há dinheiro a entrar. Por outro lado, já sentia falta dos clientes com as suas histórias.

Ontem, primeiro dia de trabalho depois das férias, foi dia de receber elogios e de saberem se tinha aproveitado os dias. 
Entre dizerem que já fazia falta aqui, falarem que estava com uma cor bonita e falarem da falta que fez o meu café (que já tinham saudades de um bom café), é bom estar de volta! 

Foi maravilhoso ir, mas o regressar também tem o seu lado de bom.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Férias a chegar






Estou na véspera de ir de férias e a ansiedade está ao seu rubro.
Levantei-me e pensei logo "é o último dia de trabalho antes das férias". 
Dirigi-me à papelaria e informei ao vendedor habitual que na próxima semana e meia não iria aparecer porque iria de férias. Nisto ele responde-me, "e eu fico aqui sozinho?".
É quase hora de almoço e são muitos os clientes que me desejam boas férias, que faço bem em tirar estes dias e para me divertir e descansar.
É tão bom sentir este carinho por parte das pessoas, é tão bom sentir que o nosso bem estar é bem acolhido por parte dos clientes. Sentir que o facto de tirar férias não se trata de mero capricho meu mas sim uma necessidade. 
No entanto, e apesar de toda a compreensão, a dúvida que me colocam por vezes é, "e agora onde vou tomar o meu café?" 
Volto dia 18 de Agosto. Mais morena (espero), com outro animo, com outras histórias, e com as baterias carregadas para mais uns meses de luta.

sábado, 2 de agosto de 2014

Bom dia :)



Olhar para o lado bom da vida não significa fechar os olhos às ameaças terroristas ou à crise económica, fazendo de conta que não existem. Olhar para o lado bom da vida é uma opção. É escolher olhar para as pessoas boas e corajosas de que a vida está cheia, para os acontecimentos, descobertas ou iniciativas que trazem bem e dignificam os seres humanos, dar-lhes importância e privilegiá-los em relação aos outros. Olhar para o lado da vida não é mais irrealista do que olhar para o lado mau - é apenas uma questão de perspectiva e de opção.

Texto retirado daqui.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014